O dia 30 de agosto marca a data nacional de conscientização sobre a Esclerose Múltipla, uma doença autoimune crônica do sistema nervoso central que pode ter um impacto significativo na qualidade de vida dos pacientes e afeta milhões de pessoas em todo o mundo.
A doença ocorre quando o sistema imunológico do corpo ataca a mielina, uma substância que envolve e protege as fibras nervosas no sistema nervoso central. Isso resulta em inflamação e danos à mielina, causando interrupções na comunicação entre as células nervosas.
Entre os principais sintomas estão: fadiga; distúrbios visuais; rigidez; fraqueza muscular; desequilíbrio; alterações sensoriais; dor; disfunção da bexiga e/ou do intestino; disfunção sexual; dificuldade para articular a fala; dificuldade para engolir; alterações emocionais e alterações cognitivas.
Estima-se que mais de 2,8 milhões de pessoas em todo o mundo sejam afetadas pela Esclerose Múltipla, com mais de 40 mil casos no Brasil, sendo a maioria entre adultos jovens, com idades entre 20 e 40 anos. Além disso, há uma predominância maior de casos em mulheres do que em homens, com uma proporção de aproximadamente 3 mulheres para cada 2 homens.
Diagnóstico
Os principais exames para detecção da esclerose múltipla são a ressonância magnética e a coleta de líquor. Outros exames laboratoriais, como exames de sangue, também são realizados, principalmente para afastar coincidências que possam levar a um padrão clínico ou de imagem semelhantes.
Tratamento
Embora ainda não exista cura, há tratamentos medicamentosos que buscam reduzir a atividade inflamatória e a ocorrência dos surtos ao longo dos anos. Além do foco na doença, tratar os sintomas é muito importante para a qualidade de vida dos pacientes. Os medicamentos utilizados, bem como todo o tratamento, devem ser indicados e acompanhados por um médico neurologista de forma individualizada.
Recomendações
– Embora não altere a evolução da doença, é importante manter a prática de exercícios físicos, pois eles ajudam a fortalecer os ossos, a melhorar o humor, a controlar o peso e contra sintomas como a fadiga;
– Quando os movimentos estão comprometidos, a fisioterapia ajuda a reformular o ato motor, dando ênfase à contração dos músculos ainda preservados;
– O tratamento fisioterápico associado a determinados remédios ajuda também a reeducar o controle dos esfíncteres (músculos que controlam a eliminação de fezes e urina);
– Nas crises agudas da doença, é aconselhável que o paciente permaneça em repouso.
A data comemorativa, instituída pela Lei nº 11.303/2006, tem como objetivos dar maior visibilidade à doença, informar a população e alertar para a importância do diagnóstico precoce e do tratamento adequado.
Com informações do Ministério da Saúde e da Associação Brasileira de Esclerose Múltipla – ABEM
INAS
SCS Setor Comercial Sul - Quadra 09, Loja 15 (Térreo), Edifício Parque Cidade Corporate. Asa sul - Brasília/DF. CEP: 70308-200